sábado, 31 de outubro de 2009

A CIGARRA E A FORMIGA, DE LA FONTAINE

A CIGARRA E A FORMIGA

La Fontaine
A cigarra, sem pensar
em guardar
a cantar passou o verão.
Eis que chega o inverno, e então,
sem provisão na despensa,
como saída, ela pensa
em recorrer a uma amiga:
sua vizinha, a formiga . Pedindo a ela, emprestado,
algum grão, qualquer bocado
até o bom tempo voltar.
- Antes de agosto chegar,
pode estar certa a Senhora:
pago com juros, sem mora.

Obsequiosa, certamente,
a formiga não seria.
- Que fizeste até outro dia?
perguntou à imprevidente.
- Eu cantava, sim Senhora,
noite e dia, sem tristeza.
-Tu cantavas? Que beleza!
Muito bem: pois dança, agora

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